Gruta São Thomé das Letras. Conta a lenda que, no final do século XVIII, um escravo da fazenda Campo Grande, mal tratado por seu senhor, fugiu da fazenda e encontrou uma gruta, onde se refugiou e viveu por bastante tempo escondido, comendo frutos silvestres, raízes e peixes.
Um dia, um senhor de roupas claras e traços finos apareceu ao escravo perguntando o motivo de sua permanência por tanto tempo naquela gruta. O escravo, então contou-lhe sua história. O estranho homem escreveu um bilhete e o entregou ao escravo, instruindo-lhe que levasse ao seu senhor e prometendo-lhe que seria libertado.
O escravo obedeceu. Ao ler a carta, seu senhor admirou-se de letra tão invejável e tão fino papel, incomuns para aquele tempo. Resolveu, então, ir até a gruta onde o escravo estivera, mas não encontrou mais ninguém. Porém, constatou a presença de uma pequena imagem identificada como sendo de São Thomé, apóstolo de Cristo, esculpida em madeira. Assim, o senhor da fazenda decidiu colocá-la na capela, hoje substituída pela Igreja Matriz, perdoando o escravo por sua fuga.